Bahia primeira capital do Brasil

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A Bahia é a Terra da Felicidade

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Brasil terra da felicidade

 
Brasil
 
Em 22 de abril de 1500 chegava ao Brasil 13 caravelas portuguesas lideradas por Pedro Álvares Cabral. A primeira vista, eles acreditavam tratar-se de um grande monte, e chamaram-no de Monte Pascoal. No dia 26 de abril, foi celebrada a primeira missa no Brasil.
 
Após deixarem o local em direção à Índia, Cabral, na incerteza se a terra descoberta tratava-se de um continente ou de uma grande ilha, alterou o nome para Ilha de Vera Cruz. Após exploração realizada por outras expedições portuguesas, foi descoberto tratar-se realmente de um continente, e novamente o nome foi alterado. A nova terra passou a ser chamada de Terra de Santa Cruz. Somente depois da descoberta do pau-brasil, ocorrida no ano de 1511, nosso país passou a ser chamado pelo nome que conhecemos hoje: Brasil. 
 
A descoberta do Brasil ocorreu no período das grandes navegações, quando Portugal e Espanha exploravam o oceano em busca de novas terras. Poucos anos antes da descoberta do Brasil, em 1492, Cristóvão Colombo, navegando pela  Espanha, chegou a América, fato que ampliou as expectativas dos exploradores. Diante do fato de ambos terem as mesmas ambições e com objetivo de evitar guerras pela posse das terras, Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Tordesilhas, em 1494. De acordo com este acordo, Portugal ficou com as terras recém descobertas que estavam a leste da linha imaginária ( 200 milhas a oeste das ilhas de Cabo Verde), enquanto a Espanha ficou com as terras a oeste desta linha. 
 
Mesmo com a descoberta das terras brasileiras, Portugal continuava empenhado no comércio com as Índias, pois as especiarias que os portugueses encontravam lá eram de grande valia para sua comercialização na Europa. As especiarias comercializadas eram: cravo, pimenta, canela, noz moscada, gengibre, porcelanas orientais, seda, etc. Enquanto realizava este lucrativo comércio, Portugal realizava no Brasil o extrativismo do pau-brasil, explorando da Mata Atlântica toneladas da valiosa madeira, cuja tinta vermelha era comercializada na Europa. Neste caso foi utilizado o escambo, ou seja, os indígenas recebiam dos portugueses algumas bugigangas (apitos, espelhos e chocalhos) e davam em troca o trabalho no corte e carregamento das toras de madeira até as caravelas. 
 
Foi somente a partir de 1530, com a expedição organizada por Martin Afonso de Souza, que a coroa portuguesa começou a interessar-se pela colonização da nova terra. Isso ocorreu, pois havia um grande receio dos portugueses em perderem as novas terras para invasores que haviam ficado de fora do tratado de Tordesilhas, como, por exemplo, franceses, holandeses e ingleses. Navegadores e piratas destes povos, estavam praticando a retirada ilegal de madeira de nossas matas. A colonização seria uma das formas de ocupar e proteger o território. Para tanto, os portugueses começaram a fazer experiências com o plantio da cana-de-açúcar, visando um promissor comércio desta mercadoria na Europa.
 
 

Bahia, o primeiro estado e Salvador a primeira capital do Brasil
 
Assim que passou a colonizar o Brasil de forma definitiva, o governo de Portugal se viu obrigado a tomar uma série de medidas. Afinal de contas, para que a colônia desse retorno financeiro, era de fundamental importância que as atividades aqui desenvolvidas fossem fiscalizadas e tributadas. Além disso, era importante promover a criação de leis que garantissem os interesses dos portugueses junto à população colonial.
Nos primeiros cinquenta anos da colonização do Brasil, observamos uma série de problemas a serem resolvidos. Os colonos estavam espalhados de forma desordenada pelo território brasileiro, a resistência de certas comunidades indígenas impedia a dominação de vários territórios e havia uma série de relatos da ação pirata promovida por embarcações estrangeiras.
Entre os anos de 1530 e 1549, o Brasil foi administrado pela ação de particulares que controlavam as chamadas capitanias hereditárias. Muitas vezes, a administração exercida por essas pessoas não era muito eficiente e acabava exigindo que o governo português tomasse providências mais sérias para que não perdesse o controle da situação.
A primeira ação tomada foi designar o português Tomé de Souza como governador-geral do Brasil. Com ele chegou um grupo de aproximadamente quinhentas pessoas que iriam auxiliá-lo a representar a Coroa Portuguesa no Brasil. Chegando ao litoral da Bahia, o primeiro governador-geral do Brasil fez com que a cidade de Salvador fosse criada como primeira capital do território colonial.
Essa opção foi, na verdade, o cumprimento de uma das várias ordens entregues pelo rei de Portugal, através de um documento chamado “regimento real”. Para alguns historiadores, esse documento, que determinou a fundação da capital Salvador, pode ser visto como a primeira “constituição” feita para o Brasil. Ao anunciar a ordem do rei, Tomé de Souza teve uma enorme tarefa para cumprir.
Chegando à região da capital, planejou o traçado da cidade com base no modelo de algumas cidades italianas daquele mesmo período. Além disso, ordenou a construção de uma muralha para realizar a proteção do espaço reservado à cidade. Mas não pense numa muralha de tijolos. Com os poucos recursos do local, Tomé de Souza encomendou uma muralha de taipa – uma mistura de barro, com palha e estacas de madeira.
Dali para frente, outras obras e ações seriam realizadas em Salvador. Na condição de capital, essa cidade foi o centro das mais importantes decisões que vinham de Portugal e deveriam ser aqui cumpridas. Além disso, várias questões políticas e jurídicas a serem resolvidas passavam pelo olhar das autoridades que ali ficavam.
A escolha de Salvador como capital tinha também uma relação com a economia açucareira. O Nordeste era o maior centro produtor de açúcar, que durante muito tempo foi uma das mais importantes e mais rentáveis riquezas exploradas pelos colonizadores. Desse modo, Salvador tinha uma posição estratégica para que a comunicação com os grandes polos produtores de açúcar fosse facilitada.
Contudo, no século XVIII, a crise do açúcar no mercado internacional – com a queda dos preços e a concorrência de outros produtores – e a descoberta de metais preciosos ao centro-sul do território brasileiro mudaram as coisas. No ano de 1763, a capital do Brasil foi repassada para o Rio de Janeiro. Desde então, a importância econômica e política de Salvador nunca mais foi a mesma. Contudo, ainda hoje, a cidade é um dos mais belos patrimônios arquitetônicos do nosso país.
Plataforma o primeiro bairro de Salvador
 
 
Primeiro bairro do subúrbio ferroviário de Salvador, Plataforma tem uma história que surpreende. Antes dos portugueses desembarcarem em terras brasileiras, tudo não passava de uma porção de terra estrategicamente localizada entre a Baía de Todos os Santos e a hoje chamada cidade alta. Tempos depois, foi esse pedaço de terra que a tradicional família Martins Catarino transformou em uma gigantesca fazenda, onde instalou seu mais valioso patrimônio na época: uma fábrica têxtil então chamada de União Fabril. Além da mansão dos Catarino, o que havia de residências naquele lugar se resumia à Vila Operária, um conjunto de casas modestas pertencentes aos então donos da terra, onde moravam os próprios trabalhadores da fábrica, sendo que a maioria eram imigrantes.
O aumento da população local, com o passar dos anos, fez a vila se expandir gradativamente, até se transformar no que Plataforma é hoje, um bairro com 50.000 habitantes.
 

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